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No Principado de Andorra, as Janeiras desafiam o inverno

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A tradicional visita das Janeiras pelas ruas do Principado de Andorra vai decorrer a partir do próximo sábado, dia 13 de janeiro, a cargo do Grupo de Folclore Casa de Portugal . A 17ª edição das Janeiras , a cargo do grupo português sediado no Principado de Andorra, tem início com a participação na Eucaristia na Igreja de Santa Eulália de Encamp , celebração dedicada à família. Ao finalizar, o grupo apresenta a todos os presentes um breve repertório do canto de Janeiras. Após a Missa, os elementos seguem para o Restaurante Roc Arnau , administrado por portugueses, que acolhem no seu estabelecimento a tradição portuguesa. Durante três fim-de-semana ( ver cartaz abaixo ), os membros do Grupo vão desafiar as temperaturas negativas e as ruas cobertas de neve para levar a cultura popular portuguesa a estabelecimentos comerciais, lares e igrejas do Principado de Andorra, desejando assim um bom ano e prosperidade a todos os que encontrarem. Após as cerca de vinte visitas programa

Os Pauliteiros de Miranda - Grupo de Folclore

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Pauliteiros de Miranda Os Pauliteiros de Miranda No  planalto mirandês   existem grupos de oito homens que vestem saias e tem paus. Dispensam apresentações. Já todos os conhecem: são os  Pauliteiros de Miranda . Com os saiotes brancos, lenços, os chapéus e os pauliteiros transportam uma tradição que procuram defender com unhas e dentes.  E apesar de já não existirem tantos grupos como antigamente, as letras, os passos e os trajes ainda se mantêm fiéis à origem. Mas o mais óbvio é perguntarmo-nos: de onde vem esta tradição? A origem não está definida. Contudo, há quem defen­da que se trata de uma dança guerreira , que descende de tempos greco-romanos e que os homens foram adaptando e transformando à sua maneira. Segundo este ponto de vista, os paus mais não são do que a substituição do escudo e da espada. É por isso que o pau da mão esquerda defende e o da mão direita ataca. Quanto ao traje, o lenço mais não é do que um adorno, bastante garrido, que varia consoante o hom

Os cavadores na região do Douro

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A cava na região do Douro Os antigos cavadores do Douro eram homens corajosos e habilidosos, que se dedicavam a trabalhar nos montes íngremes e escarpados das encostas do rio Douro , no norte de Portugal. Eles eram responsáveis por cavar a terra, abrir os sulcos e plantar as vinhas nas encostas íngremes, numa das regiões vinícolas mais importantes do país, a Região Demarcada do Douro . Esses homens, conhecidos como cavadores, desafiavam a gravidade e o clima adverso, trabalhando arduamente para criar os terraços necessários para o cultivo da uva. Com enxadas, picaretas e outros instrumentos rudimentares, eles escavavam a terra e quebravam as rochas para abrir caminho para as videiras. O trabalho dos cavadores era extremamente perigoso e exigia muita força física. Eles precisavam ser ágeis e habilidosos para se movimentar nas encostas escorregadias e íngremes, e muitas vezes trabalhavam em condições precárias, enfrentando o perigo de deslizamentos de terra e quedas. Além dis

Superstições e crendices dos nossos avós

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Tradicionalmente, existe todo um universo de crenças, que permanentemente ameaçam as pessoas. Uma das mais temidas é a do " mau-olhado " que leva a toda uma série de sintomas e malefícios.  A " doença " típica provocada pelo mesmo é o " quebranto ", onde o atingido tem perda da vivacidade, olhos lacrimejantes, sonolência entre outros. A cura só se dá através de muita benzedura. Segundo a crença popular, não se deve brincar com a própria sombra, pois pode " trazer doença ", nem contar estrelas, pois faz nascer verrugas também conhecidas por “ cravos ”.  Deve-se evitar ter em casa búzios e caramujos ou barcos em miniatura, pois os mesmos "chamam" males.  Borboletas pretas, mariposas, morcegos e cobras são animais peçonhentos que representam mau agouro, pois foram criados pelo diabo. Se matar gatos traz sete anos de atraso na vida, já uma rapariga que pisa em cima do seu rabo não casa. Estes são apenas alguns exemplos das infin

Tradições do Natal de antigamente

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Preparativos para a Ceia de Natal  Quadro de José de Brito Sobre o Natal… "Eu felicito as crianças da minha terra por este dia de rosas do Natal. Era já tempo de que esse hábito de por ai além se espalhasse entre nós, suspendendo o indigenismo grosseiro. Vê-se que não sou jacobino. A árvore de Natal introduzida entre nós foi um sinal de regeneração de costumes. Nós nem ao menos podemos criar. Tudo o que inventamos é imperfeito. Cumpre que venham o inverno e a criação de um país mais antigo, mais frio, onde se meça o que se faz, como em Londres e se o enfeite de laçarias e de cores vistosas e alegres, como em Paris. (...) O Natal, para Trás-os-Montes, por exemplo, tem o seu encanto rude e grosseiro, enchendo o horizonte estreito dos seus habitantes. Para que previna suspeitas sobre o que digo, comunico que sou transmontano por nascimento, embora de há muito me houvesse filiado a outro meio. Até ao dia de reis tudo adormece, e sonha na folia. Neste dia, as povoaçõe

V Encontro de Cantares ao Menino - 17 de dezembro

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No próximo dia 17 de dezembro , domingo, pelas 16 horas, vai realizar-se o V Encontro de Cantares ao Menino , na Igreja Paroquial de São João da Foz do Sousa . Nesta iniciativa vão participar os seguintes Grupos de Folclore : Rancho Folclórico de Zebreiros | Douro Litoral Norte Rancho da Região de Leiria | Alta Estremadura Rancho Folclórico de São Félix da Marinha | Douro Litoral Centro O V Encontro de Cantares ao Menino é organizado pelo Rancho Folclórico de Zebreiros , e conta com a colaboração de diversas instituições em entidades. Sugestões: Medicina Popular e Tradicional - Ervas e Plantas Aromáticas ou Medicinais Em defesa dos Trajos Regionais e Tradicionais O valor dos adagiários - O provérbio e sua expressão linguística

X Encontro de Cantares ao Menino – 9 de dezembro

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No próximo dia 9 de dezembro, com início às 21h30, vai realizar-se o X Encontro de Cantares ao Menino , na Igreja Paroquial de Almeirim . Grupos participantes: - Gentes de Almeirim - Almeirim - Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa - Arganil - Rancho Folclórico do Mundão - Viseu - Grupo Etnográfico da Região de Coimbra - Coimbra Esta iniciativa é organizada por GENTES DE ALMEIRIM - Associação Cultural e Etnográfica, e conta com o apoio de diversas entidades e instituições. Entrada gratuita.

Almotolia - vasilha própria para levar o azeite à mesa

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Almotolia Almotolia   é uma palavra derivada do árabe (*), trazida para a nossa língua pelos invasores vindos do norte de África no ano de 711 e que entre nós permaneceram durante cinco séculos. (**) Significava a vasilha própria para levar o azeite à mesa e o distribuir pelos alimentos , de forma adequada, ou seja, com a poupança exigida por um alimento importante, mas não produzido em quantidade suficiente. Aquele bico fininho respondia às exigências e, ainda assim, a sua utilização tinha de ser feita durante o mais curto espaço de tempo possível. Como alguém dizia: - Azeite, é só um tiro . O povo tinha alguma dificuldade em pronunciar a palavra almotolia. Como ele também dizia: - Às vezes é difícil dobrar a língua . Então, de acordo com a lei do menor esforço, substituíam-na por amotelia, ametolia, amentolia e outras variantes como amotriga . O azeite, consumido pelos povos mediterrânicos, já era usado pelos egípcios há mais de 5 mil anos. Devemos aos árabes a cul

Medicina Popular e Tradicional - Ervas e Plantas Aromáticas ou Medicinais

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«Tudo começou há milhares de anos, quando o Homem sobrevivia caçando, arriscando-se continuamente. Observando a Natureza, construiu as primeiras teorias do funcionamento do Mundo. Melhor que qualquer outro animal o Homem está biologicamente equipado para estabelecer causalidades e sequências. As primeiras teorias médicas surgem, assim, do estabelecimento de relações entre as forças da Natureza e a evolução do indivíduo. A evolução técnica permite, nos nossos dias, a instauração de uma medicina preventiva . O Homem é capaz de controlar o meio em que vive e agir sobre a sua própria estrutura biológica. A um nível mais restrito, mantêm-se as medicinas populares , baseadas em sistemas médicos locais, a que muitas vezes se dá o nome de medicinas primitivas ou herboristas .(…) (…) A medicina popular está muito próxima da medicina tradicional do tipo erudito. Os antropólogos chamam-lhe também a medicina folk , a qual recobre praticamente os mesmos domínios: a dietética e produtos

Em defesa dos Trajos Regionais e Tradicionais

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Mulher dos arredores de Viana do Castelo - cerca de 1909 Em defesa dos  Trajes  Regionais e Tradicionais Os trajos que qualquer Grupo de Folclore apresenta definem, ou deviam definir, sem ambiguidades, a região etno-folclórica a que o mesmo pertence e que pretende representar, em sintonia com as danças , os cantares e até os instrumentos musicais . Infelizmente, isto está longe de acontecer com diversos Grupos de Folclore, de Norte a Sul do País, nas Regiões Autónomas e nas Comunidades de Portugueses espalhadas pelo mundo. Felizmente, também há muito Grupos de Folclore que se prezam em apresentar com autenticidade os trajos da respetiva região, independentemente dos tecidos, dos cortes, dos adereços, etc., que possam ou não ser menos vistosos, coloridos ou “ricos” relativamente a outras regiões. No âmbito do trabalho de pesquisa realizado pela Equipa do Portal do Folclore Português , encontrámos um artigo de opinião da autoria do Sr. Álvaro V. Lemos , escrito em Março de 1