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A camisa de dormir de homem era de linho

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Camisa de dormir de homem A cam isa de dormir de homem é peça rara e sem utilização na gente simples do povo português. Nos finais do século XIX, nas classes sociais privilegiadas e economicamente mais abastadas, as coisas já se passavam de maneira diferente. As senhoras cultivavam o pudor com muito empenho pelo que esconder o corpo dos próprios maridos era procedimento corrente e aconselhado. Eles procediam do mesmo modo, pelo que ambos usavam camisas para dormir compridas até um pouco abaixo do joelho, feitas de linho *, fibra nobre de que se fazia desde o bragal até às toalhas de altar. Algum bordado, sobretudo nas de uso feminino, um monograma a ponto de cruz de fina linha vermelha e era tudo. Tudo ou quase tudo. Porque na camisa do homem havia que acautelar um importante pormenor: uma abertura redonda, no lugar certo, para salvaguardar o momento do ato gerador de vidas, sem atentar contra o tal pudor cultivado durante uma vida inteira. A esposa também já trazia no seu

Feira do Porco de Boticas - 2022 apenas em formato digital

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A Feira Gastronómica do Porco em Boticas , inicialmente prevista para se realizar, de forma presencial, de 13 a 16 de janeiro, foi cancelada, e vai realizar-se, a exemplo do sucedido no ano de 2021, em formato digital O Presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Queiroga, informou que o cancelamento está relacionado com a evolução da pandemia de COVID-19, e que a alternativa à feira é a plataforma digital “ BoticasTem ” ( https://boticastem.pt/ ). Em 2021, esta plataforma registou cerca de 800 encomendas de fumeiro e vai ser novamente ativada para esta edição a partir de quinta-feira, 6 de janeiro . Sugestões: O valor dos adagiários - O provérbio e sua expressão linguística Moda de Roda Emigradora A província da Beira Alta vista em 1916

"À Luz da Candeia" - Encontro de Cantares ao Menino

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No próximo dia 23 de Janeiro , pelas 15 horas, vai realizar-se, na Igreja Paroquial de Modivas - Vila do Conde , um Encontro de Cantares ao Menino , intitulado " À Luz da Candeia ". Nesta iniciativa vão participar: - Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Modivas - Vila do Conde - Rancho Típico de Vila Nova - Coimbra - Rancho Folclórico de Paços de Sousa - Penafiel - Rancho Regional de Mindelo - Vila do Conde Este evento é promovido pelo Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Modivas com o apoio de diversas entidades e instituições. Sugestões: Danças do Povo Português, por Tomaz Ribas Peculiaridades das Gastronomias Regionais - Trás-os-Montes e Alto Douro Trajos tradicionais: peças, calçado e adereços - O lenço da cabeça

Arte Xávega é recriada pelo Município da Nazaré

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Desde o dia 14 de Maio e até ao final do mês de Junho, o Município da Nazaré recriou, no areal em frente ao Posto de Turismo, a arte tradicional de pesca conhecida como “ arte xávega ”. A última das campanhas da xávega registada na Capitania da Nazaré sai ao mar durante a manhã, na embarcação típica desta arte, para lançar as redes que, à tarde, são “ aladas ” (puxadas) a partir de terra, por homens, mulheres e crianças. Este é o momento mais visível e mais emblemático da recriação, também participado por muitos turistas. O peixe capturado é, posteriormente, vendido numa improvisada lota de praia, reconstituindo também os antigos processos de venda, nomeadamente o “ chui ” – o sinal de compra do pescado. A arte xávega é um dos mais antigos e característicos processos de pesca artesanal da Nazaré.  Embarcações tradicionais portuguesas e a arte da construção naval Foi introduzida em meados do século XVIII pelos pescadores vindos de Ílhavo e da Costa de Lavos, que se fixaram na no

Nótulas folclóricas | I Congresso de Etnografia e Folclore

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«Cantigas de Amor» Quadro de Carlos Reis “Ilustração” nº4 – 1932  Realizou-se, em Braga e em Viana do Castelo, nos dias 22 a 25 de Junho de 1956, o I Congresso de Etnografia e Folclore , promovido e organizado pela Câmara Municipal de Braga. “ Nótulas folclóricas ” foi o tema apresentado pelo Dr. José Luís Ferreira , conforme o resumo disponibilizado no Guia Oficial do Congresso: - Significação e âmbito do vocábulo folclore , sua entrada no vocabulário português; - tradição da caça do pio-pardo ( gambuzinhos em Portugal e no mundo); - meteorologia adivinhada para o ano próximo futuro, pelos arremedantes (dias que simbolizam meses futuros) que parece arremedam bem; - superstições sobre feiticeiras, sombra de defuntos (até de anjinhos); - mezinhas para mal-da-gota (epilepsia), causa da doença, e remédio aplicado; - doenças dos ouvidos curadas com leite de mulher; - canções populares na fonética vulgar minhota, com notas gramaticais; - sentença vulgar sobre fidalg

Cantares ao Menino na Igreja Matriz de Loures

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No próximo sábado, dia 18 de Dezembro de 2021, pela 15h00, na Igreja Matriz de Loures, vai realizar-se um encontro de " Cantares ao Menino ", promovido pelo Grupo Folclórico Verde Minho . Neste encontro vão participar os seguintes grupos: - Grupo Folclórico Verde Minho (anfitrião) - Rancho Folclórico Flores da Beira - Rancho Tradicional de Cinfães - Grupo Analor As entradas são gratuitas mas limitadas aos lugares disponíveis. Na iniciativa, que conta com o apoio e colaboração de inúmeros parceiros, serão cumpridas todas as diretrizes emanadas da Direção-Geral da Saúde. Sugestões: O valor dos adagiários - O provérbio e sua expressão linguística "Vida e Arte do Povo Português", obra editada em 1942 Armando Leça, um compositor nacionalista

"Vida e Arte do Povo Português", obra editada em 1942

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«Pastor de Monsanto» e «Trabalhos de filigrana» "Vida e Arte do Povo Português" "Acabamos de compulsar, demoradamente, um livro que dentro de pouco tempo será acessível à curiosidade do público, e que tem este título:  Vida e Arte do Povo Português . A Edição é da  Secção de Propaganda e Recepção  (S.P.N), da  Comissão Nacional dos Centenários. Um belo livro? Um livro maravilhoso? Cuidado com esta tendência muito nacional para exprimir superlativamente as impressões estéticas, sobretudo as positivas! Gostamos duma coisa por ela ser simplesmente bonita, e vamos logo ás do cabo, chamando-lhe linda. Daí, a relutância em aplicarmos ao livro  Vida e Arte do Povo Português  o segundo adjectivo que nos ocorreu: maravilhoso. Não será demais? E folheámos o livro novamente... Não é. Maravilhoso, neste caso, não é demais. Considerado com espécime de artes-gráficas, este livro não é mais nem menos do que isso. Cada página que se volta, cada surpresa que nos encanta

Porta-mensagens

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Vem de muito longe a necessidade de comunicar à distância, às vezes, mesmo, a grandes distâncias. Fazê-lo através do som de tambores ou de fogueiras situadas no alto de montes fronteiros era procedimento antigo. Na guerra, os comandantes serviam-se de mensageiros a cavalo ou a pé no caso de comunicação secreta, para atingir os seus objetivos. No tempo dos Descobrimentos , os responsáveis pelas expedições, não poucas vezes, a meio do caminho, fizeram regressar navios a Portugal com mensagens importantes para conhecimento de sua majestade. Após a criação dos correios, notícias diárias foram possíveis, levadas a todo o lado, pelas mais diferenciadas necessidades. Os enamorados, então, manifestavam os seus sentimentos amorosos através de cartas chamadas de pedido de namoro que, a ser aceite, abria caminho a mensagens postais, se a distância o justificava, ou a mensagens remetidas através de mensageiros locais ou a encontros pessoais bem mais desejados e agradáveis. Artesanato t

Moda de Roda Emigradora

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  "Há modas regionais e outras que vão de boca em boca, de terra em terra. Esta moda de roda, vagamente melancólica, cantava-se no Médio-Tâmega com a letra: Tim, fim, olaré, tim, tim Anos depois ouvimo-la, às jornaleiras dos arrabaldes da Sertã ribeirinha, com o estribilho: Ó enleio, ó enleiozinho Como as aves, também as melodias emigram. Armando Leça" In “Panorama”, nº05-06 - 1941 Sugestões: Danças do Povo Português, por Tomaz Ribas Danças Populares Portuguesas Em defesa dos Trajos Regionais e Tradicionais

«Danças Regionais »- Livro editado pela M.P.F. em 1948

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"A Mocidade Portuguesa Feminina , de colaboração com o S.N.I. , fez editar, há pouco [1948], um interessante, bonito e utilíssimo livrinho, intitulado « Danças Regionais ». De primorosa realização gráfica, ilustrada com desenhos e vinhetas de Guida Ottolini , esta obra, criteriosamente organizada, contém as variantes mais singelas de músicas e letras de canções regionais destinadas à dança, tais como: - Bailarico - Ciranda - Chula - Corridinho algarvio - Farrapeira - Indo eu... - Malhão - Regadinho - Ti Anica de Loulé - Tirana - Verde-Gaio - Vira A finalidade que se procura atingir com esta brochura é explicada, numa «nora prévia», nos termos seguintes: "Ao editar « Danças Regionais » propõe-se o Comissariado Nacional da M.P.F dois objectivos: - um de ordem cultural geral - facultando aos curiosos e interessados por assuntos folclóricos algumas das nossas danças e música de que se acompanham; - outro de interesse interno - proporcionando à