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Trás-os-Montes - Vinhos e comidas: uma culinária trasmontana suculenta e vigorosa

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«A culinária trasmontana é suculenta e vigorosa.  É o tradicional cabrito assado com o arroz no forno; é o complexo cozido-à-portuguesa, em que entra tudo: o naco de presunto, o salpicão, a galinha, o toucinho, a farinheira, a par dos mais tenros mimos da horta, desde a couve-flor ao alvo repolho.  Noutras ocasiões, nas quadras do frio, aparece a formidanda travessa das alheiras , rodeadas de batatas alouradas e dos complementares montículos de grelos.  A luta contra o frio, aí, faz-se por esses antigos processos de aquecimento central.  Para cortar as gorduras, recorre-se a outro complemento: são os bons vinhos, límpidos e fortes (de 12 a 13 graus), que se colhem nos socalcos do Corgo , do Pinhão ou do Tua .  São vinhos inimitáveis, que, em silêncio, se riem filosoficamente de todos os chamados vinhos da Califórnia. Em regra, no final do bom repasto trasmontano, aparece uma pequena tigela de marmelada, de fórmula conventual ou caseira.  É um mimo que fica ao lado do cálice do velh

Etnografia em imagens - actualizações

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No blog Etnografia em Imagens foram colocadas imagens relacionadas com profissões antigas e que já caíram em desuso: - As Aguadeiras de Vila Real Os primeiros dados do abastecimento de água organizado a  Vila Real  remontam ao ano de 1905. O sistema então utilizado era composto por diversos fontenários espalhados pela cidade, com origens próprias, sendo os principais e mais importantes os situados  - junto à  Sé Catedral , hoje no Largo de Camões [ vai ser colocado no local original ],  - o da  Carreira Baixa  frente ao [Restaurante] Espadeiro  - e o de  S. Pedro  junto às actuais escadas. A distribuição de água à população mais abastada era assegurada diariamente por aguadeiras que levavam aos clientes cântaros de um almude (30 litros) cobrando 120 Reis por mês.  Saber mais - O Soqueiro ou Tamanqueiro Saber mais - O Cesteiro Saber mais Sugestões: Danças do Povo Português, por Tomaz Ribas Na romaria da aldeia (versos populares) Trajes tradicionais femininos da Madeira (

Distrito de Vila Real: fumeiro tradicional e artesanato

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Fumeiro tradicional O porco tem sido, desde tempos remotos, um dos pilares da economia doméstica nas comunidades rurais.  Ele fornece, bem regrada, carne para todo o ano, proteínas e gorduras que fazem falta, por igual, na dieta de uma região fria como esta.  E carne tão saborosa e variegada, que se diz que cada parte tem o seu gosto próprio, desde a ponta do focinho à ponta do rabo – e todas deliciosas. Os presuntos foram a curar, de pois de convenientemente preparados.  Da mesma forma, a gordura, ou unto, vai servir para adubar as sopas e outros cozinhados ao longo do ano.  Os lombos, esses têm um destino mais nobre: são utilizados na confecção de enchidos – salpicões e linguiças , na verdade (juntamente com o presunto ) o mimo maior de todos os produtos porcinos. O fumeiro encerra em si antiquíssima arte de temperar. A sua variedade é também surpreendente, desde as alheiras às mouras, e muitas outras variedades, muita delas locais, que só a passagem por lá nos pode revela

Festas Natalícias no Nordeste Transmontano (2)

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Festa de Santo Estevão ou Festa dos Rapazes (Nordeste Transmontano) A Festa de Santo Estêvão , também denominada Festa dos Rapazes , insere-se no contexto das festas nordestinas realizadas no ciclo dos 12 dias, do Natal aos Reis .  Neste período - que engloba o solstício do Inverno - são várias as aldeias que experimentam o tempo festivo destacando-se Grijó de Parada, Parada, Serapicos, Agrochão, Babe, Rio d’Onor e Ousilhão. A festa realiza-se todos os anos, nos dias 25 e 26 de Dezembro e nela toma parte toda a comunidade - homens, mulheres e crianças.  A organização é promovida pelos rapazes ou moços da aldeia, de preferência solteiros.  Insere-se no âmbito das festas do 1.º ciclo - as festas de Inverno - por estar relacionada com as épocas do ano, com as estações e com os fenómenos meteorológicos que lhe estão associados. Saber mais

Festas Natalícias no Nordeste Transmontano (1)

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Festa do Velho - Mogadouro Na zona de Mogadouro, Trás-os-Montes , realiza-se a Festa do Velho , Caramono ou Chocalheiro . Uma actividade que tem o seu início no dia 24 de Dezembro, com as pessoas a concentrarem-se à meia noite junto da grande fogueira de Natal , que se acende no largo da aldeia. Antes de se acender o lume, dois rapazes (« velho » e « mordomo ») percorrem a aldeia para “ pedir o cepo ” para “ a fogueira do menino ”. Actualmente com os novos meios de transportes, este «peditório» realiza-se de tractor. Na aldeia de Vale de Porco, zona de Mogadouro, esta tradição ainda é vivida. Mas ao longo da noite sagrada, e no dia seguinte “ não há música de gaiteiros, nem cantigas, nem bailaricos, apenas a alegria do povo, espontânea, amiga e fraterna ” – refere o livro Festas e Tradições Portuguesas. O «velho», uma figura ritual, medonha e assustadora, é desempenhado por um dos dois mordomos da festa que na manhã do dia 25 de Dezembro , juntamente com o outro mordomo, f

Oficina de Cusco(s) Transmontano

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Nos próximos dias 28 e 29 de Junho, na aldeia de Fresulfe, concelho de Vinhais (Parque Natural de Montesinho), a Associação Tarabelo vai realizar uma nova actividade para celebrar a existência do CUSCO(S) tradicional transmontano ! O cusco(s) é um alimento que ainda hoje continua a produzido em algumas aldeias no concelho de Vinhais, a partir da variedade de trigo barbela. Esse produto alimentar terá provavelmente chegado ao nosso país através da influência magrebina e pelas práticas alimentares da comunidade judaica que encontrou, no passado, refúgio em território transmontano. Este saboroso recurso gastronómico encerra histórias e saberes ancestrais, que pretendemos dar a conhecer a todos/as. Informação sobre a elaboração do cusco(s): aqu i . Contamos com a presença de todos/as para valorizar este ofício tradicional e as corajosas mulheres que têm, até hoje, sabido defendê-lo! PROGRAMA 28 de Junho, Sábado 09h30 - Apresentação do cusco(s) e as suas etapas de confecçã