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Tradições do Natal de antigamente

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Preparativos para a Ceia de Natal  Quadro de José de Brito Sobre o Natal… "Eu felicito as crianças da minha terra por este dia de rosas do Natal. Era já tempo de que esse hábito de por ai além se espalhasse entre nós, suspendendo o indigenismo grosseiro. Vê-se que não sou jacobino. A árvore de Natal introduzida entre nós foi um sinal de regeneração de costumes. Nós nem ao menos podemos criar. Tudo o que inventamos é imperfeito. Cumpre que venham o inverno e a criação de um país mais antigo, mais frio, onde se meça o que se faz, como em Londres e se o enfeite de laçarias e de cores vistosas e alegres, como em Paris. (...) O Natal, para Trás-os-Montes, por exemplo, tem o seu encanto rude e grosseiro, enchendo o horizonte estreito dos seus habitantes. Para que previna suspeitas sobre o que digo, comunico que sou transmontano por nascimento, embora de há muito me houvesse filiado a outro meio. Até ao dia de reis tudo adormece, e sonha na folia. Neste dia, as povoaçõe

Artigos de opinião sobre Folclore e Etnografia

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Mulher a fiar em Valpaços (Ilustração Portuguesa - 1911) Artigos de opinião de Carlos Gomes Folclore: das Paradas Agrícolas aos Cortejos Etnográficos Os cortejos etnográficos constituem um espectáculo geralmente muito apreciado do público, mesmo comparativamente às exibições de ranchos folclóricos, vulgarmente designadas por festivais.  Em diversas localidades do país, eles integram as respectivas festividades, atraindo milhares de forasteiros e tornando-se, quase sempre, um dos momentos mais apreciados do público.  São exemplo o cortejo nas Festas em Honra de Nossa Senhora da Agonia, em Viana do Castelo e nas Feiras Novas, em Ponte de Lima. Ler+ Sarapatel é uma especialidade gastronómica do Minho O  sarapatel   é uma das especialidades da gastronomia tradicional das   aldeias da serra d’Arga . Constituindo uma espécie de cabidela feita com as miudezas de cabrito, este prato é especialmente apr eciado por ocasião da  Romaria ao São João d’Arga  que, todos os anos, se realiza nos dias

Festas Natalícias no Nordeste Transmontano (2)

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Festa de Santo Estevão ou Festa dos Rapazes (Nordeste Transmontano) A Festa de Santo Estêvão , também denominada Festa dos Rapazes , insere-se no contexto das festas nordestinas realizadas no ciclo dos 12 dias, do Natal aos Reis .  Neste período - que engloba o solstício do Inverno - são várias as aldeias que experimentam o tempo festivo destacando-se Grijó de Parada, Parada, Serapicos, Agrochão, Babe, Rio d’Onor e Ousilhão. A festa realiza-se todos os anos, nos dias 25 e 26 de Dezembro e nela toma parte toda a comunidade - homens, mulheres e crianças.  A organização é promovida pelos rapazes ou moços da aldeia, de preferência solteiros.  Insere-se no âmbito das festas do 1.º ciclo - as festas de Inverno - por estar relacionada com as épocas do ano, com as estações e com os fenómenos meteorológicos que lhe estão associados. Saber mais

Festas Natalícias no Nordeste Transmontano (1)

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Festa do Velho - Mogadouro Na zona de Mogadouro, Trás-os-Montes , realiza-se a Festa do Velho , Caramono ou Chocalheiro . Uma actividade que tem o seu início no dia 24 de Dezembro, com as pessoas a concentrarem-se à meia noite junto da grande fogueira de Natal , que se acende no largo da aldeia. Antes de se acender o lume, dois rapazes (« velho » e « mordomo ») percorrem a aldeia para “ pedir o cepo ” para “ a fogueira do menino ”. Actualmente com os novos meios de transportes, este «peditório» realiza-se de tractor. Na aldeia de Vale de Porco, zona de Mogadouro, esta tradição ainda é vivida. Mas ao longo da noite sagrada, e no dia seguinte “ não há música de gaiteiros, nem cantigas, nem bailaricos, apenas a alegria do povo, espontânea, amiga e fraterna ” – refere o livro Festas e Tradições Portuguesas. O «velho», uma figura ritual, medonha e assustadora, é desempenhado por um dos dois mordomos da festa que na manhã do dia 25 de Dezembro , juntamente com o outro mordomo, f

Ciclo Natalício

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O ciclo natalício «Em todas as religiões é fácil encontrar vestígios dos velhos cultos astrais, adaptados a outras intenções, certo, mas cujo disfarce a hierologia, não raro, explica e desvenda.  A adoração dos corpos celestes foi universal: originou crenças, formulou ideias e estabeleceu práticas tão fortemente enraizadas depois que, ao diante, penetraram nas várias doutrinas religiosas, ou aceites como necessárias, ou á força, como irresistíveis.  Compreende-se o domínio da astrologia nas mitologias de que quase todos os povos, pensando, que à anuviada imaginação primitiva, os fenómenos celestes cumpriam-se ou surgiam como manifestações de um poder misterioso e oculto.  Lento e lento a curiosidade apreensiva e tímida foi verificando a concordância de certos movimentos planetários com épocas várias do tempo sob cuja influência se praticavam as sementeiras ou realizavam as colheitas.  Os meses e as estações, relacionados com a marcha e aspectos dos dois astros mais observados, acusav