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Valorização do Folclore | Não vender “gato por lebre”!

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No nº 14 da revista “ Panorama ” (Abril de 1943) alguém escreveu, com o título: " Valorização do Folclore ": “A última batalha da nossa campanha deve consistir na valorização turística daquele folclore que está compreendido em cada uma das zonas. O turista, acima de tudo, é um esfomeado de pitoresco, um caçador de coisas diferentes, de novas sensações e visões. Ora, Portugal é um cofre de velhas e coloridas coisas que não são difíceis de trazer à superfície, flauta rústica onde dormem velhos ritmos e melodias e um dos mais sugestivos guarda-roupas da Europa. Medite-se, por exemplo, no interesse turístico mantido pelo Minho através dos trajos sempre frescos das suas raparigas, dos seus grupos de cantadores e de cantadeiras... Vamos, pois, para a valorização do folclore nacional, através de concursos de trajos, arranjo das habitações rústicas, das canções populares etc., etc... Mas cautela, muita cautela com o perigo dos ranchos aperaltados, muito finos, com pandei

Pessoas relacionadas com a Etnografia e o Folclore da nossa terra - I

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Folcloristas, etnógrafos, historiadores, musicólogos, antropólogos, investigadores, etc. Ao longo dos últimos quase 150 anos, muitas pessoas têm dedicado as suas vidas à investigação, à recolha, à preservação e à divulgação da Cultura Popular Portuguesa , nas suas diversas vertentes.  A partir deste espaço pode ter acesso a informações biográficas e outras sobre aqueles(as) que, ao longo dos anos, assumiram, com espírito de missão, a defesa da Cultura Popular Portuguesa como uma tarefa inadiável e que urge continuar.  Basta clicar no respectivo nome… Abade Baçal  ( Francisco Manuel Alves) Nasceu em Bragança, a 9 de Abril de 1865 e faleceu a 13 de Novembro de 1947, em Bragança. António Jorge Dias   Nasceu no Porto, em 1907, e faleceu na mesma cidade, em 1973. António Maria Mourinho   Nasceu em Sendim, Miranda do Douro, em 1917 e faleceu em 13 de Julho de 1996 António Lourenço Fontes   Nasceu em Cambezes do Rio (Montalegre) em 22 de Fevereiro de 1940.  Mentor e dinamizador dos Congress

Qual é a origem da palavra folclore?

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Uma romaria madeirense "Os romeiros em Ponta Delgada" - 1909 "Ilustração Portuguesa" nº179 O termo folclore é aceite internacionalmente desde 1878, e apareceu escrito, pela primeira vez, na revista The Athenaeum , de Londres, há cerca de 176 anos. Nessa revista, o  arqueólogo inglês William John Thoms  (1803-1900) , no dia 22 de Agosto de 1846 , publicou uma carta  mostrando a necessidade da existência de um vocábulo destinado a denominar o estudo das tradições populares inglesas. O autor sugeria a junção das palavras folk (povo) e lore (sabedoria) para designar tal ocupação. Quer saber como se escreve a palavra " folclore " em Grego, Russo ou noutras línguas? Clique para ficar a saber mais... Sugestões: Provérbios e adágios populares sobre o mês de Março Em defesa dos Trajos Regionais e Tradicionais Refeições tradicionais populares

Nótulas folclóricas | I Congresso de Etnografia e Folclore

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«Cantigas de Amor» Quadro de Carlos Reis “Ilustração” nº4 – 1932  Realizou-se, em Braga e em Viana do Castelo, nos dias 22 a 25 de Junho de 1956, o I Congresso de Etnografia e Folclore , promovido e organizado pela Câmara Municipal de Braga. “ Nótulas folclóricas ” foi o tema apresentado pelo Dr. José Luís Ferreira , conforme o resumo disponibilizado no Guia Oficial do Congresso: - Significação e âmbito do vocábulo folclore , sua entrada no vocabulário português; - tradição da caça do pio-pardo ( gambuzinhos em Portugal e no mundo); - meteorologia adivinhada para o ano próximo futuro, pelos arremedantes (dias que simbolizam meses futuros) que parece arremedam bem; - superstições sobre feiticeiras, sombra de defuntos (até de anjinhos); - mezinhas para mal-da-gota (epilepsia), causa da doença, e remédio aplicado; - doenças dos ouvidos curadas com leite de mulher; - canções populares na fonética vulgar minhota, com notas gramaticais; - sentença vulgar sobre fidalg

ABC do Folclore – Manual de Iniciação (5)

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«A refeição» (»Cliché» de Homero Câncio. Alhandra)   As diferenças Embalados pelo aforismo “ cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso ”, há ainda quem não tenha concluído que o fronteiro terrestre nada têm a ver com as diferenças que nos caracterizam. Aliás era - e ainda é, por vezes - tanto o desprezo que o nosso folclore, a nossa cultura tradicional, mereciam dos pseudointelectuais cá do burgo, que os decisores da cultura não fizerem em tempo devido o que, na opinião de Aurélio Lopes seria o Atlas da Cultura Portuguesa . Concluindo, diga-se que essas diferenças são determinadas pelas “áreas culturais“ que são áreas territoriais em que a cultura tradicional apresenta caracteres suficientemente semelhantes para as considerarmos como um corpo cultural mais ou menos orgânico.  Para o que é principalmente determinante a interligação ambiente social/ambiente natural. Aliás, Aurélio Lopes considera que “ não há uma maneira de viver no Alentejo, diferente do Ribatejo, diferente

ABC do Folclore – Manual de Iniciação (4)

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«O Moleiro» Vila Chã - Beira Alta («Cliché» de Francisco Guilherme Lacombe Neves) Etnografia Desde sempre existe quem considere “etnografia” como sinónimo de “trajos usados no folclore”, e a Federação considera-a como a “ disciplina que descreve os povos/comunidades no que concerne aos seus usos, costumes, índole e cultura ”. Mas se há situações em que se respeitam diferentes conceitos, em meu entender estas não o são. Sendo o folclore “a expressão das vivências das gentes de antigamente, no tempo em que a sua vida ainda não era tão influenciada pelos usos costumes de outros povos”, a “etnografia” é única e precisamente “o estudo do folclore”, como aliás o citam diversos dicionários. Recordo-me que, procurando saber a visão que outros colegas destas andanças tinham de assuntos que considerava pouco clarificados, coloquei a seguinte questão: Se estiver um “grupo” a actuar, onde está o folclore e onde está a etnografia? E a resposta que me convenceu (Aurélio Lopes) foi: dep

ABC do Folclore – Manual de Iniciação (3)

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"No campo" («Cliché» de Homero Câncio, Alhandra) Com a leitura dos dois textos anteriores , ficou a saber “o que é folclore”, mas agora tem que saber a data em que o mesmo se fixou para evitar ser deturpado por outros valores. Vai ouvir muitas pessoas para comparar, sendo que tudo o que recolher tem que ser da mesma época. Entretanto o que deve ser um “grupo de folclore”? Digamos que um “museu vivo” dos tempos de antigamente, quando as comunidades eram a expressão do tradicional. Sem que haja uma data certa para todas as regiões, penso eu que o folclore deixou de evoluir como tal entre finais do século XIX, início do século XX, indo até mais ou menos aos anos 20/30 - conforme a chegada do progresso. Escolhido então o período que se pretende abranger, as primeiras questões que se nos colocam é saber como vestiam, o que cantavam, o que bailavam e como o faziam - o que depois vai estar interligado com muitas outras questões. Mas atenção que o “Folclore” não é apenas

ABC do Folclore – Manual de Iniciação (2)

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"Guardando o gado" - Vila Chã (Cliché do sr. Francisco Guilherme Lacombe Neves) Finalizámos o texto anterior , informando que já em 1878 o Folclore era reconhecido internacionalmente como “ saber tradicional, história não contada de um povo ”, primeiro para se referir às tradições, costumes e superstições das classes populares, posteriormente para designar toda a cultura nascida principalmente nessas classes. Temos assim, que “folclore” é a “cultura tradicional do povo”, cujo conceito havia que definir. E é nesse sentido que em Dezembro de 2002, por iniciativa do Jornal Folclore , se reúnem em Santarém especialistas e estudiosos na matéria, a fim de elaborar um texto que a todos servisse de orientação. E diga-se, porque de justiça, que o conceito saído dessa reunião merece a nota de excelente, mantendo-se ainda hoje inalterável. Agora, o que acontece ainda com o folclore, é que nada acontece por acontecer, há sempre uma razão para que aconteça. É proibido inventar

ABC do Folclore – Manual de Iniciação (1)

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“Costumes Portuguezes: Na volta do trabalho” (Cliché do sr. Miguel Monteiro, de Vila Real) ABC do Folclore Dizem-me que os jovens a partir da idade escolar estão a perder o interesse pelo Folclore , mesmo como espectadores. É um facto, sendo uma situação que tem de ser revertida, o que passa necessariamente pela escola. Concretamente não sei o que motiva tal desinteresse, mas penso que tudo mudará quando lhes for ensinado que o Folclore é a História dos nossos antepassados, quando as suas vivências ainda não estavam adulteradas por usos e costumes que nada tinham a ver com a sua maneira de ser e de estar. No caso de Montargil , os componentes do nosso grupo “representam” as vivências da nossa gente aí pelos anos 20/30. Claro que foi feita uma investigação etno-cultural, partindo do princípio que anteriormente as pessoas recebiam os “saberes” por via oral ou demonstração, fazendo depois como ouviam e viam fazer. Mas, nem sempre ao mesmo tempo, mas ao ritmo do progresso que c

5ª edição do Festival de Inverno de Folclore

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No próximo dia 25 de Novembro, sábado, vai realizar-se a 5ª edição do Festival de Inverno de Folclore , promovido pela Sociedade Filarmónica União Samorense - Samora Correia, concelho de Benavente. Este espectáculo tem por objectivo celebrar o folclore e a etnografia, e começa às 20h30 com o desfile dos ranchos participantes do Largo 25 de Abril para a sede da Sociedade Filarmónica. Neste Festival de Inverno de Folclore vão participar o  Rancho Folclórico "Ceifeiras e Campinos " da SFUS - Samora Correia «O Rancho Folclórico "Ceifeiras e Campinos" está inserido na Sociedade Filarmónica União Samorense, uma Instituição de Utilidade Pública com 96 anos de existência que fomenta a Arte, a Cultura e o Recreio na cidade de Samora Correia. Nas razões que conduziram à criação deste grupo estão a preservação e divulgação da etnografia e dos usos e costumes das gentes ribatejanas. Os elementos deste grupo usam os trajes tradicionais do campino e da ceifeir

Acção de Formação da Associação de Folclore e Etnografia da Região Autónoma da Madeira

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Referencial de Boas Práticas nos Grupos de Folclore da Região Autónoma da Madeira e Processo Técnico da Federação do Folclore Português na Região No próximo dia 25 de Novembro, entre as 9h30 e as 13f00, no Centro Cultural John dos Passos, na Ponta do Sol, vai realizar-se mais uma formação organizada pela AFERAM – Associação de Folclore e Etnografia da Região Autónoma da Madeira. Neste encontro, vão ser apresentadas algumas conclusões da implementação do Referencial de Boas Práticas e o do Processo Técnico da Federação do Folclore Português na Região , projeto desenvolvido por treze grupos de folclore da região, nos últimos meses, com o acompanhamento da AFERAM, em estreita colaboração e parceria com o Conselho Técnico Regional da Federação do Folclore Português.  Dois representantes da Federação do Folclore Português também participarão, como oradores, neste encontro. A formação destina-se a elementos de Grupos de Folclore e interessados na Cultura Tradicional. Solici

Encontro Nacional de Conselheiros Técnicos da FFP

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Nos próximos dias 1 e 2 de Dezembro, em Monção, a Federação do Folclore Português , cuja missão se esteia na salvaguarda do património e da cultura tradicional e popular portuguesa, irá reunir a sua equipa nacional de Conselheiros Técnicos . Este encontro irá reunir mais de uma centena de participantes e os temas a abordar centrar-se-ão nas temáticas da representatividade dos grupos de folclore, nos procedimentos e operacionalização do ciclo avaliativo aos grupos de folclore (a desenvolver ao longo do atual mandato) e, ainda, a análise do inquérito de satisfação aplicado aos associados da FFP. Outros temas estruturantes serão abordados incluindo uma abordagem à Carta de Princípios do Folclore Português. Este encontro tem como principal objetivo consolidar conhecimentos, articular procedimentos, trocar experiências e formar pedagogicamente estes agentes culturais que realizam um trabalho de proximidade e acompanhamento dos grupos etnográficos portugueses tanto no território c

Comemoração do Dia Nacional do Folclore Português

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Comemoração oficial do DIA NACIONAL DO FOLCLORE PORTUGUÊS 29 de Maio de 2016 Parque Maria Adelaide - Arcozelo – Vila Nova de Gaia No dia 29 de Maio de 2016, vamos comemorar o Dia Nacional do Folclore Português, pela primeira vez oficialmente, conforme deliberação da Assembleia da República de 22 de Julho de 2015, por petição da Federação do Folclore Português . Com esta comemoração pretende-se percorrer mais uma etapa, propondo a todos os folcloristas, um olhar atento, consciente e apaixonado sobre a IDENTIDADE do POVO PORTUGUÊS, conhecer, compreender e respeitar a diversidade das expressões culturais que constituem a herança Patrimonial Cultural Imaterial e Material do nosso Portugal, que desejamos preservar e salvaguardar, permitindo às novas gerações encontrar no presente, orgulho no passado e o desejo de lançar sementes novas, que produzam frutos para o futuro, de valorização e credibilização do Folclore Português. Alicerçar o Futuro depende de todos que se deixaram

XIX Jornadas Técnicas de Etnofolclore - Coimbra

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A Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego vai realizar no próximo dia 21 de novembro, a partir das 10h00, na Casa Municipal da Cultura de Coimbra, as XIX Jornadas Técnicas de Etnofolclore , integradas na comemoração do seu 30º aniversário. A organização pretende que mais esta edição das Jornadas seja uma ação de formação e valorização para todos os participantes e ainda um alerta para a necessidade premente de uma melhor salvaguarda desse valioso património que os Grupos de Folclore recuperam na sua atividade de recolha. Para o efeito, vai contar com a presença de alguns especialistas nacionais que abordarão as duas temáticas principais: a tradição oral enquanto património imaterial (os provérbios, os pregões e outras formas de linguajar) e a dança tradicional (seu significado e execução). No final dos trabalhos, assistiremos a uma demonstração das diversas formas de linguajar realizado pelo GEDEPA, da Pampilhosa. A Etnografia e o Folclore participam sig

2.º Congresso da Associação CIOFF® Portugal

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2.º Congresso da Associação CIOFF® Portugal 21 Novembro | Unidade Hoteleira INATEL Costa da Caparica Interação Internacional dos Agentes do Folclore Português eventos e participação A Associação CIOFF® Portugal promove no dia 21 de novembro (sábado) o seu 2º Congresso, subordinado ao tema INTERAÇÃO INTERNACIONAL DOS AGENTES DO FOLCLORE PORTUGUÊS – EVENTOS E PARTICIPAÇÃO , com o objetivo de abrir o diálogo entre promotores de Festivais CIOFF® em Portugal (diretores de festivais, associações culturais locais, autarquias e direções regionais), grupos que participam ou pretendem participar em festivais internacionais de folclore CIOFF® no estrangeiro e os diversos agentes, técnicos e estudiosos responsáveis por intervenções nas áreas da cultura e salvaguarda do património imaterial, do desenvolvimento regional e turístico e da organização de eventos culturais de caráter festivo e participado. A atratividade dos festivais internacionais de folclore enquanto polos dinam