Entrudo ou Carnaval e tradições populares
E é assim mesmo: em Portugal devemos celebrar o Entrudo, pois o Carnaval celebra-se no Brasil, em Veneza, pelo mundo fora.
Mas em Portugal o Entrudo é que é (apesar dos Desfiles ou Corsos Carnavalescos made in Brasil que teimam em impor-se de Norte a Sul do país)!
Basta darmos um salto até Lindoso, Ponte da Barca, para podemos celebrar o Entrudo do Pai Velho (tradição ancestral que repesca as raízes do verdadeiro Carnaval Português).
Em Podence (Macedo de Cavaleiros) podemos festejar o Entrudo Chocalheiro ou Festa dos Caretos, e em Lazarim (Lamego) podemos festejar o Entrudo dos Compadres, com os respetivos Caretos.
Também na Madeira e nos Açores o Entrudo pode ser festejado de acordo com as tradições populares locais, mais ou menos ancestrais.
Há quem afirme que os covilhetes e os pastéis de toucinho (às vezes impropriamente chamados de toucinho-do-céu), característicos de Vila Real, eram consumidos no convento de Santa Clara (que existiu no espaço do atual Seminário e onde terão sido inventados) na 5ª feira gorda (a seguir ao Carnaval, entre a Quarta-feira de Cinzas e a 1ª Sexta-feira da Quaresma).
O Entrudo, em especial o Domingo Gordo, era e ainda é a ocasião propícia a comer o bucho raiano (Beira Alta), sendo da tradição que a família se reúna em convívio para o saborear.
No seu artigo de opinião intitulado “A magia do Carnaval”, o Dr. Carlos Gomes afirma que “O termo Carnaval provém do latim "carpem levare" que significa "adeus carne" ou "retirar a carne" ou ainda estar associado a curru navalis que consistia num carro de rodas marítimo que saía para o mar e significava o retorno à pesca com a chegada da Primavera.”
O Sr. Lino Mendes conta-nos que em Montargil,
Também na Madeira e nos Açores o Entrudo pode ser festejado de acordo com as tradições populares locais, mais ou menos ancestrais.
Há quem afirme que os covilhetes e os pastéis de toucinho (às vezes impropriamente chamados de toucinho-do-céu), característicos de Vila Real, eram consumidos no convento de Santa Clara (que existiu no espaço do atual Seminário e onde terão sido inventados) na 5ª feira gorda (a seguir ao Carnaval, entre a Quarta-feira de Cinzas e a 1ª Sexta-feira da Quaresma).
O Entrudo, em especial o Domingo Gordo, era e ainda é a ocasião propícia a comer o bucho raiano (Beira Alta), sendo da tradição que a família se reúna em convívio para o saborear.
No seu artigo de opinião intitulado “A magia do Carnaval”, o Dr. Carlos Gomes afirma que “O termo Carnaval provém do latim "carpem levare" que significa "adeus carne" ou "retirar a carne" ou ainda estar associado a curru navalis que consistia num carro de rodas marítimo que saía para o mar e significava o retorno à pesca com a chegada da Primavera.”
O Sr. Lino Mendes conta-nos que em Montargil,
«Pelo Carnaval também era apresentado o Batuque e a Dança do Mastro. Esta, seria posteriormente apresentada, décadas depois, pelo “Café Arado” e uma ou duas vezes pela Ti Maria, de Vale de Vilão.
Nos campos trabalhava-se até Domingo Gordo, na véspera do qual o pessoal regressava a casa.
Nos campos trabalhava-se até Domingo Gordo, na véspera do qual o pessoal regressava a casa.
Era talvez a época mais festejada de então, em especial no campo onde todos os dias se bailava e cada casa estava sempre com a mesa posta para receber os amigos.
Então, no Domingo Gordo, os pastores e os ajudas que todo o ano viviam na charneca vinham então à vila, e para de regresso fazerem a festa, compravam bichas, bombas e serpentinas.»